O traçado português cruza em cruzes o torrão natal. Mira com teu óculo teu oráculo, lá no baixio em quadras simétricas, de 100 metros a mais de pedras de basalto trinchadas a martelo e finca...
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Voltei desperto do sono-mormaço desse dia, onde a preguiça derruba qualquer índio vago, na sesta.
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Rogo aos homens de tronco guaranítico (como eu) que se espalham em vozes anazaladas, ali, à frente da Timbaúva, aproveitando à sombra o enfastiado fiambre. "É ora de despertar. Vide os de castela, os vascos... esses que aí estão assentados em sesmarias. Prometeram-nos, primeiro, a civilidade, a educação, os bons costumes à mesa, os mais sagrados tesouros em compartilho de espólios. Para quê? Para converter-nos em sacerdócios servis, escravos? Viramos o quê? Passivos pacholos em batalhas... descomunais massas de sangue a banhar coxilhas, a engraxar espadas, xerengas e lanças! Serviçais pra toda lide. Pra mim, tchêguê, me basta. Me voy a outras paragens".
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Depois e depois por gerações, entrecruzados tempos contados a invernos, fomos, a pampa, a campo a fora, primeiro, alerdeados de ladrões, contrabandistas, meliantes do tempo e espaço, para, depois, reconhecidos por nossas façanhas, gauchos, de cruza, destemidos, arraigados, centauros das coxilhas orientais. Sim. Podem bradar aos quatro cantos... somos livres como nosso espírito libertário de lança e alma na mão, assombrando impérios... conquistadores da liberdade.
Saturday, September 13, 2008
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