Saturday, June 27, 2009

Una larga noche

“No pensas que hay de perderse en la noche. Seguro tu mano. Seguro, crea. Pero yo hay de perderme. Perderme zaz en la calle - en el poste de la lamparina a gas, medio cuarto del tercero quarteirão. Ojos cerrados, cerrados ojos de mis ojos que rondam la noche, a penetrar en los comodoros de luces sobre los muros; reflexo en calzadas de piedra jabon con sus postes juntados angularmente a abrir la cortina, cortex de guilhotina guardando impresión en sales de plata, beso dulce en la maçaneta de la puerta a revelar sufriendo, la pantalha-parca luz que encubre nervuras de las alas de los ángeles, en jubilo sereno; ceñida estirpe del gaucho de ojo en el pasado, pasado esta moderno sufrimiento, pasado moderno de ojos no pasados... soamente, palpebras marchitas, como la baqueta a espancar las murgas y los bombos en el funeral.

Respire. Ahora aspire las gotículas de aire sereno como la noche, a congelar sus narinas y, sienta el perfume de las calles vacías en esa hora. No hace tiempo, tenemos que volver para la oscuridad. - no, no, juntar los farelos del espejo del grande globo que un día me hizo feliz; mis piernas bailavam en tablon suspensas por la alegría de tenerme en mis brazos; abrazos ternos que apraziavam mi sufrir. Y tus cabellos negros, hermosos, a perfumar mi rostro; mesclava-si al olor de las hierbas del campo... que ojos negros a robar mi mirar. Que labios carnudos, desnudos llamándome para el placer... el sabor dulce de tu lengua en lugares peligrosos, y la mía a buscar tus mamilos duros de extâse y acuerdo de un sueño sin haber despertado porque mis sentidos me fueron quitados antes dormir y soñar.”

Wednesday, March 04, 2009

Sobre atemporalidade do tempo e outras coisas

El cielo ante celeste qui stà colorato. No horizonte se interpõe “rabos de galo” a prenunciar a chuva no alvorecer do amanhã. Meu designo segue como o vento a soprar secamente sobre as carquejas e barbas-de-bode no pampa nu. No entorno do cemitério que um dia se fará minha morada, esse mesmo vento percorre em redemoinhos juntando grãozinhos de areia vermelha a bater em tornozelos desavisados e a levantar saias de moças puras... para felicidade de guris imaturos... dístico d´uma lápide cinchada de trevos da sorte.

O sol implacável amolece moleiras logo após ao meio-dia, refluindo em sua intensidade nas voltas dos arvoredos, na soleira das casas e de seus pátios. Pálpebras preguiçosas lutam na comodidade da sombra à luz dos olhares daqueles acomodados corpos desmaiados à sesta. No alto das araucárias, em meio as nervuras dos cinamomos, cigarras quebram o silêncio ambiente e, capturadas em caixas de fósforo, farão companhia aos besouros na manhã seguinte ao eclodirem da terra, antes do cair dos pingos de chuva, para depois; exércitos colocados na arena lúdica, assim sendo gladiadores se degladeiam em chifradas a fazer a alegria de mãos pequeninas em apostas por gomas americanas ou bolitas compradas no bolicho da esquina.

Sei que, longe dali, o alambrador largou temerário a cerca ao moirão, pressentindo o trovejar do deus nórdico em vias de descarregar sua fúria sob cabeças desprevenidas – ao raio que os parta. O atropelo dos tropeis acorre os carreteiros em busca de guarida em capões-de-mato e, o homem-centauro se faz só um junto aos demônios de chifres em busca de refúgio – Deus, Nosso Senhor! Interceda por nós, Santa Clara!. Promessa de velas acessas...

O dia vira noite, a noite vira dia feito lobisomens e lendas profanas... cruz credo.

Louco afazer aprazado; amolação da faca à cintura enquanto descanso as cordas do fumo de rolo em fios de dedos para fechar o palheiro e guardá-lo no topo da orelha, fico na última seiva do amargo-mate, confabulando comigo mesmo desleais serventias da vida remoçada.
Vejo pés esquadrilharem calçadas de pedra sabão, ruas de chão batido que lhes levam e trazem ao centro econômico e aos arrabaldes, conquanto ao bolicho do “tem tudo”; entre pilhas de latões, baldes de alumínio e, cheiros dispersos de quinquilharias se misturam invadindo narinas que não podem distingui-los sabiamente como o bom cão lanudo do campo a futricar tudo que se chega aos seus grisalhos bigodes. - Porque o pouco que tenho me serve de alimento e nutre minha alma... acho que busquei isto do fundo da cachola em algo que li e não me recordo... talvez sagradas escrituras.